SEGURANÇA
José A., 33 anos, jardineiro e trabalhador ativo em
associação de jovens, suspeito de ter espancado brutalmente a vizinha, Clarinda
Silva, 48 anos, por causa de desavenças na horta comunitária da Torre, confirma
a agressão, mas alega ter atuado em defesa da mãe.
Em comunicado enviado à Redação de Cascais24Horas, José dá a
sua versão do que aconteceu e dos antecedentes que culminaram no ato de
violência, divulgado em Exclusivo pelo jornal “O Regiões” e amplamente
noticiados por diversos órgãos de Comunicação Social.
Relativamente à história das cebolas, conta que “quando a
minha mãe foi a Angola, e não à África do Sul, fiquei a cuidar da rega da
horta. A minha mãe disse – me que colheria as cebolas e restantes vegetais
quando regressasse, e que me ocupasse apenas da rega. Um dia a Clarinda
chamou-me a atenção para as cebolas, que já estariam prontas a ser colhidas,
mas expliquei-lhe aquilo que tinha combinado com a minha mãe. Uns dias depois,
uma vizinha da horta avisa-me que a Clarinda havia levado todas as cebolas da
horta da minha mãe. Fui a casa da Clarinda e perguntei pelas cebolas, ela disse
que as tinha apanhado, que as fosse lá buscar. Aceitei e disse-lhe que iria
buscá-las mais tarde. Fui apenas quando a minha mãe regressou. A Clarinda
devolveu só parte das cebolas, a minha mãe sentiu-se enganada, falaram sobre o
assunto, mas a Clarinda não teve uma postura de honestidade e a partir daí a
pouca relação que tinham deteriorou-se por falta de confiança. Mas só isso”.
E recorda que “na quarta-feira dia 20 de Julho de 2022, estava a minha mãe Susana a regar a sua horta, assim como as hortas de outras duas agricultoras que estão doentes e fisicamente debilitadas, quando a Clarinda chegou e reclamou a mangueira de forma agressiva e ameaçadora. A Susana (minha mãe), disse-lhe que estava a terminar de regar aquelas hortas, mas a Clarinda insistiu e puxou a mangueira. Nesse momento, feriu a minha mãe no dedo. De seguida, a minha mãe, acompanhada do meu irmão Nuno (estudante de jornalismo) dirigiu-se à casa da mãe da Clarinda, onde reside também a dita ilustre e outros familiares, para explicar o que se tinha passado, para que o conflito não se expandisse às famílias. Os familiares da Clarinda compreenderam e tomaram o lado da Susana, julgando as ações e atitudes da Clarinda. Ali ambas as partes decidiram que o conflito terminaria no seguimento da conversa e que a coexistência seria pacífica”.
José conclui que “saí do espaço das hortas e fui ao encontro
da família da Clarinda, alguns deles meus amigos, para esclarecer o sucedido e
depois fui para casa. Quando a polícia e a ambulância chegaram, saí de casa e
identifiquei-me assumindo as agressões. Fui com a minha mãe ao hospital e de seguida
fomos à esquadra de Cascais apresentar queixa contra a Clarinda.
No comunicado enviado a Cascais24Horas, José acusa a vizinha
Clarinda de ser “uma pessoa instável e conflituosa que cria vários conflitos em
diversos contextos” e que “nas hortas são vários os utilizadores que se têm
queixado da sua conduta”.
Finalmente, José reconhece que “nada justifica a escalada da minha
atitude, mas saí em defesa da minha mãe, da Susana, uma pessoa que não provoca desacatos
e que ajuda as pessoas da comunidade, foi essa injustiça que me cegou!”.
Notícias relacionadas
+ESPANCADA em horta
comunitária da Torre por causa de cebolas e mangueira
Sem comentários:
Enviar um comentário