Saúde
Por Redação
O Hospital
de Cascais é uma das unidades de saúde do País na área da parceria
público-privada, que lidera o ranking de Excelência Clínica, com uma nota
máxima de três estrelas em cinco áreas, segundo dados revelados pela Entidade
Reguladora da Saúde.
Na
Excelência Clínica foram avaliadas as unidades com internamento em Angiologia e
Cirurgia Vascular, Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de
Ambulatório, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Cólon, Cuidados Intensivos,
Cuidados Transversais, Ginecologia, Neurologia (AVC), Obstetrícia (partos e
cuidados pré-natais), ortopedia e pediatria.
A distinção,
no entanto, é algo polémica, na medida em que as queixas de utentes no hospital
de Cascais têm vindo a aumentar em algumas áreas, nomeadamente na área da
Pediatria, devido ao deficit de médicos e enfermeiros na respetiva urgência,
que regista, igualmente, falta de capacidade física para quem aguarda a sua
vez.
Ultimamente,
tem aumentado o descontentamento, com pais a terem que recorrer a hospitais
privados da região com os filhos, na sequência de longas horas de espera naquela
urgência.
A avaliação
foi feita em 159 hospitais públicos e privados, que integram o Sistema Nacional
de Avaliação em Saúde.
De acordo
com os dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o Hospital de Cascais,
explorado pelo Grupo Lusíadas Saúde, submeteu nove especialidades à avaliação.
Em primeiro
lugar no ranking surge o Hospital de Braga, do Grupo José de Mello Saúde, que
submeteu 11 especialidades à avaliação das 16 analisadas pela Entidade
Reguladora da Saúde.
O terceiro e
quarto lugares do ranking são ocupados pelo Hospital Eduardo Santos Silva, em
Vila Nova de Gaia, e pelo de São Teotónio, em Viseu. De acordo com a ERS, 70
por cento das unidades avaliadas obtiveram a classificação de excelência
clínica no ano passado. No entanto, trata-se da percentagem mais baixa desde
2013. Na maioria dos casos, o conforto das instalações também recebeu uma nota
pior em relação à obtida no ano anterior.
Em
declarações ao CM, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares
admitiu a necessidade de investimento nas instalações e equipamentos dos
hospitais. "A degradação dos espaços hospitalares é uma realidade e os
equipamentos também não estão nas melhores condições", reconheceu
Alexandre Lourenço.
Mais de 1000
reclamações em 2016
Em 2016,
segundo o relatório anual, o Hospital de Cascais registou 1.106 reclamações de
utentes.
O maior número (463) de reclamações foram relativas ao tempo de espera para cuidados de saúde, seguindo-se 159 por cuidados desadequados, 157 relativas ao atendimento, 80 aos níveis de leis, regras e normas, 82 relativas a procedimentos, 67 relativas a doentes sem cuidados, 61 a sistemas de informação, 37 a instalações e equipamentos e 3 a cuidados hoteleiros. Só a área de escassez de material de consumo clínico não acusou qualquer reclamação.
No mesmo período, o Hospital de Cascais registou 116 elogios, com os médicos na frente com 50 elogios, seguidos dos dirigentes da EGEST com 9, os assistentes técnicos com 8 e os enfermeiros com 6, os diretores de serviço com 3 e o pessoal da Segurança com 1. Houve, ainda, 39 elogios que o relatório não especifica. Apenas os assistentes operacionais e o pessoal técnico superior de laboratório não receberam qualquer elogio.
O
relatório anual relativo a 2017 ainda não foi divulgado.
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