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24 SETEMBRO 2019 |
Comentando o debate havido, esta
segunda-feira, de manhã, entre Rui Rio e António Costa, o jornalista João
Miguel Tavares assina mais um excelente artigo de opinião que define o modo
como o nosso povo reage a certos acontecimentos que podem determinar,
dramaticamente, o seu grau de felicidade ou de amargura. No fundo, a questão é
a seguinte: porque raio é que as forças que condicionam a inteligência do nosso
comportamento nos levam a desperdiçar oportunidade flagrantes que nos poderiam
dar, de bandeja, uma melhor qualidade de vida e uma felicidade mais duradoura?
A determinada altura podemos ler no texto do José Miguel Tavares o seguinte desabafo: “Pisamos e repisamos perguntas sobre “quem é o seu principal adversário?” ou “com quem é que se vai coligar?”, e ninguém se dá ao trabalho de explicar porque é que Portugal continua a ser ultrapassado por todos os países que entraram depois de nós na União Europeia; porque é que países arrasados pela guerra ressuscitam em 20 ou 30 anos, e nós, que não nos cai uma bomba em território continental há dois séculos, não saímos da cepa torta; porque é que trabalhamos pior do que os outros; porque é que nos temos de conformar com isso; porque é que os nossos melhores crânios saem todos do país para irem competir num mercado global; porque é que o nosso PSI-20 só tem 18 empresas; porque é que não há uma única marca portuguesa conhecida em Nova Iorque; porque é que não há uma estratégia para combater a corrupção se ela está na boca de toda a gente; porque é que um país com 200 quilómetros de largura tem o interior ao abandono; porque é que só conseguimos fazer reformas em períodos de falência – e por que raio é que a alternativa a Mário Centeno é um Mário Centeno 2.0. Perguntas tão simples. Perguntas tão ignoradas”.
Será que somos, afinal, um pobre povo votado à condenação da sua intrínseca estupidez, falta de humildade e desbaratada hipocrisia … quando podíamos ser uma nação de gente alegre, desprendida de confusões, sã de princípios e praticante exemplar da solidariedade?
Será que não está ao nosso alcance ver as coisas com lucidez e inteligência, coerentes com as aptidões de cada um, num acto de humildade que enobreça a dignidade e a coragem que faz jus às gloriosas conquistas da nossa história?
Será, ainda, que não nos conseguimos libertar da poluição emocional com que nos agridem as telenovelas e os passatempos de vómito, impingidos pela TV, ou do massacre das “fake news” com que os órgãos de comunicação social nos inundam o juízo para moldar a nossa opinião e o nosso voto?
Acho, sinceramente, que somos bem melhor do que isso!!!
Basta
acordar … encher o peito de ar … olhar o céu … e dizer:
Aqui
quem manda sou eu … e não quem me quiser moldar a seu gosto!!!
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*Os artigos de opinião publicados são da inteira responsabilidade dos seus autores e não exprimem, necessariamente, o ponto de vista de Cascais24.
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1 comentário:
Excelente artigo!
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