SEGURANÇA
ALEX95 foi o nome dado a dois exercícios organizados pelos
Bombeiros de Alcabideche, que decorreram há dias da forma mais realista
possível, quer aos níveis da movimentação real dos meios de socorro, quer dos
figurantes. Extremamente bem planeados e executados com cenários o mais próximo
da realidade, estes simulacros que envolveram dezenas de meios humanos e
materiais, testaram com sucesso a operacionalidade em caso de acidentes
bastante graves.
No primeiro cenário, em Alcoitão, os Bombeiros foram confrontados com o despiste de um pesado de transporte de matérias perigosas, com uma vítima, seguido do despiste de um ligeiro com dois ocupantes e o atropelamento de um peão. Neste simulacro estiveram empenhados 26 operacionais, apoiados por 7 veículos. Contou, ainda, com a participação do corpo de Bombeiros da Pontinha, CDOS de Lisboa, GNR de Alcabideche e Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais.
Já o
segundo cenário, que decorreu na área da Barragem do Rio da Mula, obrigou a uma
ação mais “musculada” pela sua dimensão e gravidade: a queda
de uma aeronave, Dornier 228, com 16 pessoas a bordo, numa área de densa
florestação e junto a um acampamento que concentrava 30 jovens escoteiros. À
chegada, as equipas de socorro enfrentaram um cenário “dantesco”: passageiros e
tripulantes espalhados pela área de embate, um dos escuteiros com a fuga caiu
num espaço confinado, outro estava numa zona de difícil acesso e um outro
andava perdido na serra.
BALANÇO final positivo
André Jerónimo, Adjunto de Comando dos Bombeiros de
Alcabideche, que fez parte da direção dos exercícios, disse, a Cascais24h que “o
objetivo foi testar os conhecimentos e competências do corpo de bombeiros,
assim como promover a relação interentidades num contexto de aproximação a
realidade”.
Explicou, ainda, que “todos os exercícios contaram com
a participação de avaliadores, que registaram toda a ação desenrolada ao longo
do tempo, visando determinar o que corria bem e o que poderia ainda ser
melhorado, alem de garantirem em todos os momentos as condições de segurança
dos respetivos cenários”.
“Num balanço geral, estes exercícios suscitaram a necessidade
dos intervenientes colocarem em pratica uma serie de valências, desde o
Salvamento e Desencarceramento, Emergência Pré-Hospitalar, Busca e Salvamento,
Salvamento em Grande Angulo, Organização de Posto de Comando, passando por Binómios
para busca de desparecidos até à implementação de equipas ERAS munidos de
Drones (Aéreo e subaquático)”, acrescentou André Jerónimo.
“Como qualquer exercício, procurámos identificar os
pontos fortes e os pontos a melhorar, sendo que até ao momento o balanço
efetuado tenha sido bastante positivo”, concluiu, não sem salvaguardar que “ainda
faltam os relatórios dos observadores e avaliadores para que verifiquemos todas
as informações constatadas e possamos definir objetivos de melhoria, de forma a
serem trabalhados internamente através da instrução contínua que vem sendo
realizada todos os anos”.
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