JUSTIÇA
Identificado
pelas impressões digitais encontradas num dos maços de cigarros que ficou
esquecido ao rebentar com um expositor, um homem foi agora condenado pelo
Tribunal Central de Cascais a 4 anos e 2 meses de prisão pelo
assalto noturno a 27 de maio de 2017 ao posto de abastecimento de combustíveis
da Galp, em Alcoitão.25 maio 2021 | 21h19
Fábio R, 31 anos, que cumpre
atualmente 7 anos de prisão, na cadeia de Alcoentre, por outros crimes, foi
interrogado por videoconferência, mas remeteu-se ao silêncio.
O assalto à Galp de Alcoitão foi
captado pelas câmaras de videovigilância.
Com Fábio atuou outro indivíduo, que
nunca foi identificado pelas autoridades.
Naquela madrugada, Fábio e o comparsa
lançaram a alta velocidade contra a entrada da loja do posto da Galp um veículo
Hyundai, vermelho, furtado em Casais de Mem Martins (Sintra) e posteriormente
abandonado na região de Rio de Mouro.
Acederam ao interior da loja, onde, munidos de sacos,
apoderaram-se de dezenas de maços de tabaco, no valor global de 2.820 euros,
mais bebidas alcoólicas no montante de 115 euros. E ainda furtaram 200€ do
fundo de maneio. Estes bens, que ascendem a mais de três mil euros, nunca foram
recuperados, e ainda causaram danos avaliados em 2.469€.
________________________________________________IMPRESSÃO digital tramou assaltante
Para trás
ficou o maço de tabaco encontrado caído no chão, na parte de trás do balcão de
atendimento da loja. O tribunal concluiu que “este dado objectivo é revelador
de que o arguido esteve no local, (…) altura em que tocou no maço de tabaco”,
que ficou esquecido no chão depois de terem rebentado o expositor.
Na leitura
do acórdão, Fábio R., 31 anos, começou por ser condenado a 4 anos de prisão por
furto qualificado, mais 6 meses por furto simples. Porém, o cúmulo jurídico
ditou pena única de 4 anos e 2 meses de cadeia. Acresce a recolha de ADN, para
integrar a base de dados de perfis genéticos para fins de identificação civil e
criminal.
Antecedentes
Fábio R,
possui vastos antecedentes criminais dos quais constam condenações por três
crimes de roubo, furto qualificado e falsas declarações.
Por outro
lado, entre 2009 e 2019, foi condenado sete vezes por condução de veículo sem
habilitação legal, além de condução perigosa.
E naquele
último ano foi condenado, pelo Juízo Central Criminal de Cascais, na proibição
de conduzir durante dois anos, num julgamento em que lhe foi aplicada a pena
única de 7 anos de prisão por roubo, condução sem carta e condução perigosa.
________________________________________________ASSALTO à Galp de Alcoitão foi um dos muitos assaltos protagonizados por Fábio R
Em novembro de 2014, por decisão do Tribunal de Execução de
Penas de Lisboa foi-lhe concedida liberdade condicional, quando cumpria outros
7 anos e 6 meses de prisão, mas aquela medida acabaria revogada.
Ao todo, as
várias penas aplicadas na sequência de dez processos-crime, que correram em
vários tribunais, desde Seixal, Sintra, Vila Franca de Xira e Torres Vedras,
totalizam 22 anos e 20 dias de prisão, incluindo a pena aplicada já em 2021, no
Palácio da Justiça de Cascais.
Cozinheiro
em espaços de restauração itinerantes em feiras e mercados, Fábio R, tem raízes
familiares em Angola, sendo o segundo de quatro filhos de um casal cuja
separação ocorreu quando aquele tinha 5 anos.
O abandono
escolar aos 14 anos coincidiu com o consumo regular de haxixe e integração num grupo
conotado com a marginalidade, de acordo com o seu percurso de vida revelado em
tribunal.
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