Segurança
Por Redação10 maio 2019
A
Caravela-portuguesa que, desde terça-feira invadiu algumas praias do concelho
de Cascais, com especial incidência a de S. Pedro do Estoril, obrigando a içar,
ora a Bandeira Vermelha, ora a Amarela, desapareceu esta sexta-feira, fazendo
com que a segurança e a normalidade regressem aos areais e às águas num fim de
semana que promete atrair milhares de banhistas, devido às elevadas
temperaturas previstas, que poderão chegar aos 35 graus.
As
últimas aparições de caravelas-portuguesas foram detetadas, pelas 12h00 em S.
Pedro do Estoril e pelas 15h00 em Carcavelos, disse, a Cascais24, Pereira da
Terra, capitão do Porto e comandante do Comando Local da Polícia Marítima de
Cascais.
Entretanto,
e conforme o previsto, o vento virou para Norte, fazendo as caravelas-portuguesas
rumarem para sul, havendo a informação de que algumas terão sido detetadas nas
últimas horas na Costa da Caparica.
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Comandante Pereira da Terra |
Frequentemente
confundida com a alforreca, a Caravela-portuguesa (Physalia physalis) foi
detetada, inicialmente, na praia de S. Pedro do Estoril e, mais tarde, também
em Carcavelos e no Estoril, segundo revelou o comandante Pereira
da Terra.
Na
vigilância das praias onde foi detetada a sua presença, a Autoridade Marítima
contou com a colaboração dos nadadores-salvadores, que estão ao serviço dos
respetivos concessionários desde que no dia 1º de maio foi aberta oficialmente
a época balnear no concelho.
Embora
nada faça prever o seu regresso às praias de Cascais, quer a Autoridade
Marítima, quer os nadadores salvadores irão continuar a monotorizar as praias
neste fim-de-semana.
A
Caravela-portuguesa é um conjunto de organismos coloniais, visualmente
semelhante a uma alforreca, tendo como característica mais diferenciadora um flutuador
translúcido colorido e a sua picada injeta toxinas no corpo que provocam lesões
na pele características associadas a uma dor excruciante e imediata que pode
durar até 2 horas e que, em casos mais graves, pode mesmo culminar na morte.
A Caravela-portuguesa pertence ao grupo dos cnidários e é um
organismo pluricelular, composto de quatro pólipos, ou zooides, distintos – uma
colónia e, ao contrário da alforreca, não nada, mas flutua, movendo-se pelos
oceanos empurrada pelo vento, e o pólipo que constitui a “cabeça” da colónia
mantém-se à tona. O nome comum da Physalia
Physalis vem do formato da parte que flutua: parece-se muito
com um chapéu usado pelos marinheiros medievais portugueses, ou até com as
caravelas, razão pela qual dá pelo nome de Caravela-portuguesa e possui tentáculos com um comprimento até 30 centímetros.
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