PJ à procura de fonte de ignição de fogo de Alvide que destruiu 14 hectares de mato e pinhal e atingiu 3 edifícios

SEGURANÇA

Chamas foram combatidas por terra e pelo ar (Fotos MARQUES VALENTIM/Cascais24)
Por Valdemar Pinheiro
17 julho 2020
Inspetores da Secção de Fogos Postos da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa e Vale do Tejo continuaram, esta sexta-feira, no terreno à procura de vestígios que possam determinar a fonte de ignição do gigantesco incêndio que, esta quinta-feira, lavrou em Alvide, devorando 14 hectares de mato e pinhal e atingindo as coberturas de três edifícios das Varandas de Cascais, apurou Cascais24.

O fogo terá começado numa área de povoamento florestal, junto à conhecida 3ª Circular de Cascais, tendo-se propagado rapidamente devido às altas temperaturas e ao vento.

Segundo Cascais24 apurou, afastada parece estar a hipótese de fogo posto para construção. Embora toda a área atingida pelas chamas pertença a particulares, está dada como reserva agrícola e não existe no município qualquer projeto para construção urbanística.
Nuno Piteira Lopes (à direita) vereador com a área do urbanismo, intervenção territorial e reabilitação urbana também esteve em Alvide a acompanhar as operações (Foto MARQUES VALENTIM/ Cascais24)
De resto, de acordo com a legislação em vigor, em áreas ardidas a construção está interdita durante 10 anos.

A confirmarem-se suspeitas de eventual mão criminosa neste incêndio, poderá estar em causa uma ação negligente e/ou voluntária de alguém que, por motivos fúteis, pode ter provocado a respetiva ignição, cuja fonte os inspetores da PJ procuram encontrar.
Heli abastece junto a praia de Cascais (Foto EMANUEL CÂMARA/Cascais24)
O fogo foi combatido, por terra e pelo ar, durante várias horas, por 263 operacionais, apoiados por 72 veículos dos Corpos de Bombeiros dos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra e, ainda, por 7 meios aéreos,  que efetuaram várias descargas depois de abastecerem perto das principais praias de Cascais.

As chamas, recorda-se, chegaram a atingir, pelas projeções, não só outras áreas verdes, nas quais criaram outros focos de ativação, como, também e principalmente as coberturas de três edifícios.

Duas divisões de uma fração do último piso de um dos três edifícios nas Varandas de Cascais acabaram por ser destruídas pelas chamas. 
Bombeiros combatem fogo que atingiu coberturas de edifícios (Foto MARQUES VALENTIM/ Cascais24)

Carlos Mata, comandante Distrital Operacional de Lisboa coordenou as operações (Foto MARQUES VALENTIM/ Cascais24)
Nas operações de combate às chamas, que foram coordenadas por Carlos Mata, Comandante Operacional de Operações de Socorro de Lisboa (CDOS), um bombeiro de Alcabideche (Cascais) e outro de Barcarena (Oeiras) sofreram intoxicação por inalação de fumos. 

Um terceiro bombeiro, este da corporação de Almoçageme (Sintra), foi vítima de uma queda, sofrendo um ligeiro traumatismo. 

Todos eles foram transportados e assistidos na urgência do Hospital de Cascais. 

A dimensão que o fogo atingiu levou à evacuação de dezenas de moradores da área, que viveram horas de aflição, bem como ao corte de acessos rodoviários- missão que esteve a cargo da PSP de Cascais, GNR de Alcabideche e Polícia Municipal.

Houve, no entanto, uns quantos moradores que, com o recurso a mangueiras de jardim, procuraram proteger as suas habitações.
Moradores procuram proteger habitações (Foto EMANUEL CÂMARA/ Cascais24)


Meio aéreo faz descarga para travar chamas junto às Varandas de Cascais (Foto MARQUES VALENTIM/ Cascais24)
Ao final da noite, o Presidente da República, de regresso a casa, em Cascais, deslocou-se ao posto de comando para inteirar-se do ponto da situação e agradecer o trabalho desenvolvido pelos bombeiros.

Entretanto, até ao final da noite de esta sexta-feira mantêm-se na área equipas de bombeiros em vigilância ativa para prevenir eventuais focos de reacendimento.
Um popular ajuda a extinguir fogo (Foto MARQUES VALENTIM/ Cascais24)


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