Segurança
Momentos antes, a mulher,
furiosa, arrombou a porta de entrada do escritório e partiu tudo, deixando um
impressionante rasto de destruição.
O companheiro, um arquiteto,
de 51 anos, que estava a almoçar, alertado para a presença da mulher,
dirigiu-se ao escritório, tendo sido inicialmente agredido com uma marreta com
cerca de 2,5 kg empunhada pela agressora, a qual depois de desarmada ainda o
tentou atingir com um maçarico portátil.
Quando os agentes da 50ª
Esquadra da PSP (Cascais), situada nas proximidades chegaram, o arquiteto, que
apresentava ferimentos ao nível do rosto, ainda procurava proteger-se da
agressora, na posse da qual os polícias encontraram ainda duas facas de
cozinha, garrafas de álcool etílico, latas de spray, que usara para escrever
palavras ofensivas na fachada do edifício e, também, um frasco de espuma
vaginal que utilizou para tentar simular estar a ser vítima de um aborto
espontâneo, tudo alegadamente adquirido numa loja chinesa do concelho de
Sintra.
Detida e conduzida ao
departamento policial, a mulher foi depois transportada pelos Bombeiros de
Cascais à urgência psiquiátrica do Hospital de São Francisco Xavier, no
Restelo, onde foi observada. Recebeu alta e regressou a Cascais mais tarde.
A mulher recebeu voz de
detenção por violência doméstica e emigração ilegal, dado, aparentemente, estar
em situação irregular nos últimos 17 dias.
Esta quinta-feira, ao final da
noite, viu um juiz de Instrução Criminal de Cascais confirmar-lhe a prisão
preventiva, tendo recolhido ao Estabelecimento Prisional de Tires.
Antecedentes
A mulher aguarda a vez de ser ouvida no Tribunal de Cascais |
A relação entre a cidadã
brasileira e o arquiteto terá começado no Verão do ano passado, depois de ambos
terem travado conhecimento profissional em 2017.
Já quase no final do ano, o
arquiteto terá tomado conhecimento de que a companheira estaria grávida e ambos
decidiram passar a viver juntos, partilhando a relação intima, dividida entre
um quarto alugado, em Carcavelos, e a habitação da mulher, em Santarém.
Depois de um curto período de
Férias em Pernambuco, no Brasil, o casal regressou a Portugal, tendo a mulher
abortado espontaneamente no Hospital de Santarém, em finais de janeiro último.
Posteriormente, o casal alugou
um apartamento em Massamá, onde terá passado a viver.
Agredido ao volante
Aparentemente, foi em março
último que, em circunstâncias desconhecidas, as agressões da cidadã brasileira
contra o companheiro começaram.
O arquiteto relatou às
autoridades que foi agredido com o espelho retrovisor do veículo que conduzia,
no centro de Cascais, na sequência de uma discussão entre o casal.
Estragos no escritório de arquitetura em Cascais |
Já posteriormente, em finais
de abril, no escritório, em Cascais, a mulher recorrendo a diversos objetos,
nomeadamente jarros e candeeiros, lançou-os contra o companheiro,
provocando-lhe ferimentos que o conduziram à urgência do Hospital de Cascais.
Na unidade hospital, por
vergonha, o arquiteto terá omitido a origem dos ferimentos, alegando uma queda
e ter-se cortado, depois de uma discussão com a companheira.
A cidadã brasileira é, ainda,
suspeita de ter esfaqueado, em março último, o empregado de um estabelecimento
de restauração, no largo de Camões, em Cascais.
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04 maio 2019 |
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