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Por Redação
A Procuradoria Geral Distrital de Lisboa confirmou, esta segunda-feira, ao final da tarde, que o presidente-executivo e o vice-presidente da Fundação de "O Século" foram constituídos arguidos no decurso de mandados de busca e apreensão nas instalações da fundação, em São Pedro do Estoril, e nos domicílios dos dois dirigentes. "Ao abrigo do disposto no
artº 86, n.º 13, do CPP, informa-se que no dia de hoje foi dado
cumprimento pela Polícia Judiciária a mandados de busca e apreensão nas
instalações da “Fundação O Século” e às residências do Presidente e do
Vice-Presidente da Fundação, emitidos pelo Magistrado do Ministério
Público da comarca de Lisboa Oeste, no âmbito de processo de Inquérito,
no qual se investigam, nomeadamente, a prática de condutas ocorridas
entre 2012, até à presente data, susceptíveis de integrar a prática dos
crimes de peculato e de abuso de poder", diz o Ministério Público.
Os suspeitos, Emanuel Martins e João Ferreirinho, foram constituídos arguidos e notificados para comparecerem no DIAP de Sintra de Lisboa Oeste, para interrogatório judicial.
Pelo menos Emanuel Martins, presidente executivo, que não compareceu durante o dia na sede da fundação, terá sido constituído arguido durante buscas ao seu domicílio, na região de São Domingos de Rana, apurou Cascais24.
O Ministério Público revela, ainda, que "no âmbito destas diligências ocorreu a apreensão de prova".
No entanto, diz, ainda, o Ministério Público, "o inquérito encontra-se sujeito ao regime do segredo de justiça".
O processo prossegue na 3ª Secção do DIAP de Sintra da Comarca de Lisboa Oeste coadjuvado pela da PJ/Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com acompanhamento da Unidade de Telecomunicações e Informática. Recorda-se que o escândalo que, alegadamente, envolve presidente e vice-presidente da fundação, estoirou em janeiro último, quando inspetores da PJ desencadearam uma primeira operação na sede da fundação, em São Pedro do Estoril. A Fundação "O Século" foi criada em 1998 com o objetivo de continuar a obra social da antiga Colónia Balnear Infantil, fundada em 1927, pelo então diretor do jornal “O Século” João Pereira da Rosa e tem como missão promover e contribuir para a criação de condições e oportunidades, que possibilitem não só o desenvolvimento sociocultural de crianças, como a assistência social a idosos e pessoas menos favorecidas ou em risco social.
Uma nova era
A Fundação recebeu um terreno com 5000 metros quadrados situado no tardoz das suas instalações sede, em São Pedro do Estoril, delimitado pela linha férrea, com uma renda simbólica, por um prazo de 25 anos renováveis para “utilização integral e ininterrupta no âmbito dos objetivos da Fundação”.
O terreno foi destinado a
realizar ação social, junto da infância e dos idosos, com equipamentos destinados
a esse fim e, eventualmente outros. Na oportunidade, Emanuel Martins deixou um
“agradecimento a toda Administração da Câmara de Cascais e em particular ao Presidente
da Câmara”, pela concretização desse desejo da Instituição, uma vez que, o
principal objetivo é conseguir a sustentabilidade económica e financeira da
Fundação.
Também, Carlos Carreiras manifestou agrado pela cedência do terreno a “O Século”, ao afirmar que “é um terreno que pela localização tem uma valorização elevada, mas, para nós, a valorização maior é quando podemos alocamos a propriedade que é de todos ao apoio social, na linha da coesão social. Esta é a política da Câmara que tem sido seguida. Nós não queremos alocar um terreno para especulação imobiliária, mas queremos mas estamos alocar um terreno que vai ter uma grande rentabilidade social”.
“Cascais viu nascer a colónia
Balnear Infantil “O Século” e seria mau que Cascais visse morrer a Fundação “O
Século” com todo o trabalho de apoio social e promoção da coesão social, quer
ao nível do nosso concelho quer ao nível do território nacional e, por isso
mesmo, estamos aqui a fazer uma aposta segura”, concluiu Carreiras.
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+Presidente da fundação de "O Século" constituído arguido
+Rui Nabeiro pode vir a ser inquirido na investigação da PJ à fundação de "O Século" por peculato e abuso de poder
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João Ferreirinho |
Os suspeitos, Emanuel Martins e João Ferreirinho, foram constituídos arguidos e notificados para comparecerem no DIAP de Sintra de Lisboa Oeste, para interrogatório judicial.
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Emanuel Martins |
O Ministério Público revela, ainda, que "no âmbito destas diligências ocorreu a apreensão de prova".
No entanto, diz, ainda, o Ministério Público, "o inquérito encontra-se sujeito ao regime do segredo de justiça".
O processo prossegue na 3ª Secção do DIAP de Sintra da Comarca de Lisboa Oeste coadjuvado pela da PJ/Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com acompanhamento da Unidade de Telecomunicações e Informática. Recorda-se que o escândalo que, alegadamente, envolve presidente e vice-presidente da fundação, estoirou em janeiro último, quando inspetores da PJ desencadearam uma primeira operação na sede da fundação, em São Pedro do Estoril. A Fundação "O Século" foi criada em 1998 com o objetivo de continuar a obra social da antiga Colónia Balnear Infantil, fundada em 1927, pelo então diretor do jornal “O Século” João Pereira da Rosa e tem como missão promover e contribuir para a criação de condições e oportunidades, que possibilitem não só o desenvolvimento sociocultural de crianças, como a assistência social a idosos e pessoas menos favorecidas ou em risco social.
Uma nova era
A fundação de O Século viu em
novembro de 2016 consolidar-se a sua última e também antiga ambição, que juntou no Salão Nobre da
Câmara Municipal de Cascais o presidente Carlos Carreiras e o presidente
executivo da fundação, Emanuel Martins: a escritura pública de cedência em direito de
superfície do terreno municipal localizado nas traseiras das instalações.
A Fundação recebeu um terreno com 5000 metros quadrados situado no tardoz das suas instalações sede, em São Pedro do Estoril, delimitado pela linha férrea, com uma renda simbólica, por um prazo de 25 anos renováveis para “utilização integral e ininterrupta no âmbito dos objetivos da Fundação”.
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Emanuel Martins e Carlos Carreiras na assinatura da escritura pública celebrada em 2016 |
Foi, então noticiado, que a
Fundação “O Século” fez alguns estudos sobre os equipamentos que pretende
implantar naquela parcela de terreno, mas que, para já, “não podem ter uma
expressão direta e imediata, porque, dependem dos financiadores e de entidades
que consigamos juntar a nós para financiar aquilo que ali pretendemos fazer,
uma vez que, como temos vindo a dizer, a Fundação “O Século” não vive momentos
felizes no que diz respeito à sua situação económica”, adiantou, na altura,
Emanuel Martins.
Uma Residência Assistida para
Idosos; um Colégio “que leve as nossas crianças da Creche até ao 12.º ano”; uma
Biblioteca Municipal da Lusofonia, um auditório e um parque de estacionamento
subterrâneo, são alguns equipamentos projetados para o espaço, que contará,
ainda, com “uma grande referência ao Movimento das Forças Armadas (uma das
reuniões preparatórias do MFA, que desencadeou o 25 de Abril de 1974, aconteceu
num edifício devoluto que entretanto foi demolido) como movimento libertador,
que merece todo o nosso respeito e referência”, avançou o presidente da
Fundação “O Século”, que deixou a garantia: “essa evocação estará lá também
presente, porque não apagámos um marco do trabalho realizado pelo MFA, vamos é
dar-lhe outra estrutura e visibilidade”.
Também, Carlos Carreiras manifestou agrado pela cedência do terreno a “O Século”, ao afirmar que “é um terreno que pela localização tem uma valorização elevada, mas, para nós, a valorização maior é quando podemos alocamos a propriedade que é de todos ao apoio social, na linha da coesão social. Esta é a política da Câmara que tem sido seguida. Nós não queremos alocar um terreno para especulação imobiliária, mas queremos mas estamos alocar um terreno que vai ter uma grande rentabilidade social”.
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