SEGURANÇA
Por VALDEMAR PINHEIRO15 julho 2020
As circunstâncias que envolvem a morte de Francisca Fernandes, 66 anos, estão a indignar a opinião pública e a própria Comissão Concelhia de Cascais do PCP revelou esta terça-feira,
à noite, em comunicado, que “face aos recentes acontecimentos que envolvem o
Hospital de Cascais e o falecimento de uma utente, doente de Alzheimer, irá
interpelar o Governo sobre este trágico incidente, com o objectivo de garantir
o total esclarecimento dos factos ocorridos e o apuramento de todas as
responsabilidades políticas”.
“A informação veiculada pelos meios de comunicação social, dando
conta que uma doente de Alzheimer terá recebido alta do Hospital de Cascais sem
que fosse informada a família, constitui um preocupante sinal da má gestão
existente naquela unidade de saúde”, sublinha a nota do PCP de Cascais.
“As diversas queixas que o PCP tem recebido, de utentes e
profissionais de saúde, sobre a enorme pressão exercida para que os pacientes
tenham alta médica, mesmo quando ainda não estão completamente restabelecidos
das sua enfermidades, não podem ser desligadas deste fatídico acontecimento que
resultou na morte de uma mulher de 66 anos”, concluí a nota, que lembra ainda que
“o Hospital de Cascais tem a sua gestão entregue ao grupo Lusíadas Saúde num
contrato de parceria público-privado (PPP) que, ano após ano, se tem
demonstrado lesivo para o Estado, para os trabalhadores e para os utentes”.
Alta sem contatar família
Francisca do Nascimento Rosário
Fernandes, 66 anos, que estava dada como desaparecida desde sábado, depois de
alta hospitalar, foi encontrada sem vida, esta terça-feira, pelos Bombeiros de
Alcabideche, que iniciaram buscas depois das oito horas da manhã na área do
Cabreiro, anunciou, em primeira mão, Cascais24.
A mulher, que sofria de alzheimer e de
problemas respiratórios, foi encontrada num caminho, perto da A5 e a cerca de
300 metros do Hospital de Cascais.
Francisca Fernandes, conforme também
Cascais24 avançou em
primeira mão, estava dada como desaparecida pela família e amigos desde este
sábado, ao início da madrugada, depois de ter recebido alta do Hospital de
Cascais sem que a família fosse contatada.
Estavam em desespero, por não saberem o
paradeiro da mulher, que vivia em Pau Gordo e fora vista pela última vez por um
motorista de táxi, que a transportou das urgências daquele hospital e depois de
umas voltas afirma ter regressado à unidade hospital, onde assegura que a
deixou.
A participação do desaparecimento fora
feita no sábado na GNR de Alcabideche, a qual fez diligências preliminares, sem,
contudo, pôr em marcha uma operação de busca no terreno- o que só começou a ser
feito, com o apoio dos Bombeiros de Alcabideche na segunda-feira à noite.
Segundo apurou Cascais24, as buscas
foram, então, suspensas devido à escuridão. Foram retomadas esta
terça-feira, depois das oito horas da manhã, com os Bombeiros de Alcabideche a
descobrirem o corpo a cerca de 10 metros do local onde tinham sido suspensas na véspera.
Cascais24 dá noticia à família
A noticia de que o corpo de Francisca
Fernandes tinha sido encontrado foi dada telefonicamente à família pelas 9h30 de esta terça-feira
pelo próprio diretor de Cascais24.
Entretanto, a família responsabiliza o
Hospital de Cascais por ter dado alta, sem contatar a família, mas a unidade de
saúde diz que cumpriu todos os protocolos.
A família de Francisca Fernandes, depois
de a sepultar com a “dignidade que merece”, promete lutar até às últimas
consequências para apurar responsabilidades pelo trágico desfecho de este caso,
que está a indignar a opinião pública.
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