SEGURANÇA
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21 maio 2020 |
Os inspetores da Secção de
Homicídios da PJ, que investigam o assassínio da idosa, 87 anos, na habitação,
no Bairro dos Pescadores, em Cascais, não excluem a hipótese de que ela possa ter deixado marcas
no assassino ao oferecer resistência antes de, fatalmente, ser atingida com uma
facada no pescoço, apurou Cascais24.
“Apesar da sua avançada idade,
tudo indicia de que a senhora terá lutado com o agressor, deixando-lhe provavelmente marcas,
sobretudo ao nível dos membros superiores”, confidenciou, a Cascais24, fonte
próxima da investigação.
Entretanto, o neto - um
conhecido atleta olímpico do Sport Lisboa e Benfica, que possuía a chave da
habitação e fez a macabra descoberta, esta terça-feira, à tarde, foi ouvido nas
últimas horas como testemunha pelos inspetores da Secção de Homicídios da PJ de
Lisboa e Vale do Tejo.
O homem, na casa dos 30 anos, seria
visita frequente de casa da avó a ponto de possuir a chave da habitação e,
inclusivamente, teria estado com a idosa pela última vez no sábado, sendo, à
partida, a última pessoa que a viu com vida.
Este neto da vítima foi
alertado na terça-feira, à tarde, pela cabeleireira da avó de que algo de
estranho estaria a passar-se, pois a idosa não respondia aos toques na porta da
habitação.
Já no local, o homem abriu a
porta e deparou-se com a avó morta.
Francelina Santos, 87 anos, jazia
num charco de sangue, com uma faca espetada no pescoço.
Apresentava, ainda, segundo as
perícias forenses, sinais no corpo de ter oferecido resistência ao assassino.
Entretanto, todas as
evidências sobre a autoria do crime apontam, segundo moradores e vizinhos, para
um outro neto de Francelina Santos- um homem, 48 anos, que vive como sem-abrigo
e com antecedentes de violência e de ameaças, quer à vítima, quer a vizinhos.
Este homem, que sofrerá de
esquizofrenia, era presença constante junto da casa da avó, que lhe fornecia
comida através da porta, sem, ao que parece, o deixar entrar na habitação.
No entanto, apurou Cascais24,
a idosa há muito que não abria a porta a este neto e, ultimamente, sempre que ele
aparecia, chamava a polícia, o que não terá acontecido de esta vez, apesar de
haver quem assegure ter ouvido o suspeito pelas 6h30 de domingo aos gritos e aos
pontapés à porta da habitação da avó, o que seria uma prática habitual quando a
procurava para pedir comida ou dinheiro.
“Provavelmente, a senhora já
estaria morta”, observou outra fonte a Cascais24.
Porém, só a autópsia ao corpo
poderá determinar o dia e a hora aproximadas da morte, bem como a respetiva
causa, embora, à partida, o uso da arma branca no pescoço da vítima, que ficou
quase degolada, não ofereça grandes e/ou quaisquer dúvidas.
A PJ que espera resolver este
caso de homicídio muito em breve continua, todavia, a procurar o neto suspeito,
o qual, por coincidência ou não, deixou de ser visto no bairro desde
segunda-feira e está a ser procurado na região.
Até ao momento e apesar de
alguns “avistamentos”, as buscas para o localizar têm sido infrutíferas.
“Encontrar este sujeito é
fulcral para a investigação”, observou fonte próxima da PJ.
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